Santa Casa de Misericórdia de Guaratinguetá é incluída no Plano de Expansão da Radioterapia

Unidade ganhará recursos para construção do bunker e compra do acelerador linear para ofertar tratamento de câncer.


A Santa Casa de Misericórdia de Guaratinguetá foi incluída no Plano de Expansão da Radioterapia do Ministério da Saúde. A unidade será contemplada com um acelerador linear e construção da casamata - espaço destinado para a instalação do aparelho. A escolha para a inclusão veio após análise que constatou um déficit no serviço de radioterapia na região. Com isso, o hospital receberá investimento federal de R$ 8,3 milhões. O novo equipamento garantirá o atendimento de mil pacientes por ano. Atualmente, a unidade já oferta outros cuidados no tratamento contra o câncer como, cirurgias oncológicas e sessões de quimioterapia.

Ainda neste ano, estão programadas as entregas de outros equipamentos de radioterapia. Ao todo serão entregues pelo Ministério da Saúde 140 aceleradores lineares em todo país. Cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a aquisição de 100 aceleradores lineares, além da realização de projetos e obras. Os outros 40 aceleradores serão adquiridos com recursos de convênios.

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, essa medida vai ampliar o acesso da população a procedimentos oncológicos no SUS. "Estamos avançando o mais rápido possível na oferta dos serviços de radioterapia no país. Temos priorizado novas instalações com o objetivo de ter mais serviços e serviços mais próximos do cidadão", afirmou o ministro.

Os projetos que já estão em execução estão dentro das atividades previstas do Plano de Expansão da Radioterapia, visto que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.

Atualmente, o Brasil possui 243 aparelhos para tratamento de radioterapia na rede pública em funcionamento. Até 2019, considerando a inclusão de novos aparelhos, substituições e habilitações, o país passará a ter 331 aceleradores lineares disponíveis para atendimento à população.