O chorinho é patrimônio cultural brasileiro. Em Taubaté, a obra de autores da velha guarda do choro acaba de ganhar registro inédito em CD por meio do projeto cultural "Viva o Choro de Taubaté", iniciativa do Clube do Choro Waldir Azevedo. O lançamento do trabalho terá série de shows gratuitos na região a partir desta quarta-feira (13)
O projeto é fruto de pesquisa realizada pelo músico , fundador do grupo, sobre a obra de antigos "chorões" da cidade e rendeu um CD com doze faixas inéditas - que acaba de ser gravado -, além de uma série de seis shows gratuitos em seis cidades da região, com início a partir desta quarta-feira (13).
O primeiro show acontece em São José dos Campos. Será dia 13 de março, às 20h, no Museu Municipal (Praça Afonso Pena, 29). O grupo de Taubaté divide o palco com o grupo local Conversa Afiada, que apresentará clássicos do choro e chorinhos autorais do músico José Marcos (Marquinhos Sun) em homenagem a músicos de São José dos Campos. A apresentação conta ainda com participações especiais de João Silva (bandolim) e Júlio César Batista (violão).
No dia 30, será a vez de Jacareí receber o espetáculo, às 16h30, na Sala Mário Lago. O convidado é o grupo Chorinho na Rede. Depois, o show circula pelas cidades de Guaratinguetá e São Luiz do Paraitinga, em abril; e Pindamonhangaba e Taubaté, em maio.
O álbum inédito com 12 composições de músicos da velha guarda do choro de Taubaté, totalmente instrumental, preenche uma lacuna histórica resgatando, valorizando e difundindo obras inéditas de autores regionais que atuam desde a década de 1960.
Compositores septuagenários como Humberto dos Santos, Guido Malheiro e Benedito Barbosa da Cruz tiveram suas músicas registradas pela primeira vez. Músicos já falecidos são homenageados por meio das composições que deixaram: João Fernandes-Peixinho e Renato da Silva são alguns exemplos.
Chorões mais experientes também cederam composições inéditas para o projeto, caso do Maestro Roberto Vinagre e Nico Ferreira. A nova geração se faz presente com Claudio Rogerio Ferreira, Rogério Guarapiran e João Oliveira, que compuseram um frevo especialmente para esse projeto. Completa o disco uma composição do flautista fluminense Antônio Rocha com um choro dedicado à cidade.