No mês de abril o Sesc Taubaté apresenta programação voltada para os povos indígenas

Do dia 6 a 27, nos sábados,  às 10h30, ocorre a oficina Cantando Ihu


O Sesc Taubaté oferece durante o mês de abril uma programação  especial sobre a o povo indígena por meio de apresentações de dança, música, teatro, literatura, exibição de filmes, vivências,  brincadeiras típicas e bate-papos vão levantar a questão dos povos originários no país.  A primeira atividade, a oficina de música, Cantos Da Floresta - As Culturas Indígenas nas Escolas, com Magda Pucci, acontece no dia 2, às 8h. A atividade tem o objetivo de estimular a reflexão sobre o universo indígena brasileiro, em toda sua diversidade cultural, a partir do repertório musical indígena. Propõe uma vivência com as tradições de alguns grupos de diferentes partes do país, como Kambeba, Krenak, Paiter Surui, Ikolen-Gavião, Guarani, Yudjá, Xavante, Kaingang, entre outros, oferecendo atividades que abordam a escuta ativa das sonoridades desses povos. A atividade é gratuita e voltada para educadores, ocorre em parceria com a rede pública municipal de educação. Inscrições com 15 minutos de antecedência.

Do dia 6 a 27, nos sábados,  às 10h30, ocorre a oficina Cantando Ihu - Todos os Sons, com Maru Ohtani. Ihu - Todos os Sons é um CD e livro de partituras lançado em 1996 pela cantora e compositora Marlui Miranda reunindo cantos de diversos povos indígenas brasileiros, resultado de vários anos de pesquisa de Marlui no Xingu. Serão apresentadas algumas canções do álbum, bem como sua origem e em que contexto as canções são interpretadas pelos indígenas. Os participantes irão aprender a cantar estas canções a partir de arranjos vocais elaborados por Marlui para o CD, trabalhando em especial o timbre da vozes. Entrega de senhas com 30 minutos de antecedência no local.

Também nos sábados, nos dias, 06, 13 e 27, às 10h, acontece a Tekó Porã: Oficina Arte Criativa do Fazer Tradicional, com Aldeia Guarani Boa Vista (Jaexaá Porã), de Ubatuba-SP. Com base nos saberes e técnicas de construção de objetos, arte e artesanatos indígenas, cada aluno irá desenvolver seu objeto a partir de um referencial pessoal, podendo explorar seu potencial criativo. As matérias primas utilizadas serão: taquara, bambus, cipós, madeira, cabaças, sementes retiradas da Mata Atlântica pelos próprios índios de forma sustentável. Nas aulas um ancião estará presente ensinando as técnicas junto com um tradutor da tribo. Inscrições na Central de Atendimento

Dia 6: Maracá
Dia 13: Arco e flecha
Dia 27: Mymbaragá: arte de indígena em madeira

Do dia 9 ao dia 30, as terças feiras, das 19h às 21h, ocorre o curso Cestaria Guarani Mbya, com Indígenas do Projeto Ajaka. O curso consiste em transmitir o saber e as técnicas das cestarias indígenas. Cada aluno irá desenvolver seu trançado a partir de um referencial pessoal, podendo livremente explorar seu potencial criativo. Vagas limitadas. Entrega de senhas com 30 minutos de antecedência no local.

Dia 10, às 19h30, acontece o debate Presenças e Ausências Indígenas, no Vale Do Paraíba e na Educação Brasileira, com Daniel Munduruku e Wagner Bornal. O arqueólogo Wagner Bornal fala sobre a ocupação pré-colonial do Vale do Paraíba por grupos indígenas, e de um mapeamento da presença indígena no Vale iniciada por ele. O escritor e doutor Daniel Munduruku avalia a implementação da lei federal 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura dos povos indígenas brasileiros nas escolas de educação básica, indicando o que deve ser priorizado em termos de conteúdos e atividades.

No dia 11, também às 19h30, acontece o debate Povos Indígenas: O que Você Tem a Ver com Eles?, com Aluizio Marino, Jera Poty e Tatiane Klein. Temas como a demarcação das terras indígenas e suas consequências para indígenas e não indígenas serão tratados neste bate-papo com Jera Poty, liderança da Terra Indígena Tenondé Porã (aldeia Kalipety - etnia guarani mbya, localizada na cidade de São Paulo), a antropóloga Tatiane Klein e o ativista cultural Aluizio Marino.

No dia 13 acontecem três atividades, às 14h, ocorre a vivência de dança Para Aprender o Xondaro, com membros da Aldeia Tenondé Porã. A vivência, aberta a adultos e crianças, é ministrada por indigenas da etnia guarani mbya, que ensinam a forma e a motivação dos movimentos desta tradição cultural indígena ao som de um acompanhamento instrumental ao vivo. Já às 15h, acontece a oficina Diversidade no Prato: Comida Nativa e Povos Indígenas, com Mato no Prato. Esta atividade consiste em uma apresentação dos aspectos originais da alimentação indígena e das transformações que ela vem sofrendo. Os participantes terão contato com alimentos e utensílios pertencentes à cultura indígena com a degustação de pratos típicos. Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência. Às 16h é a apresentação do grupo de Xondaro da Aldeia Tenondé Porã, localizada no sul da cidade de São Paulo. Ao som de violão, rabeca, tambor e maracá, cerca de 20 pessoas participam em roda sob a liderança de um líder, que os instiga aos movimentos que devem ser realizados. Após a apresentação acontece um bate-papo com o grupo.