Cinco aplicações da Medicina Nuclear

Por mais que seja associada a bombas e desastres ambientais, a radioatividade também possui ampla aplicação na saúde. Ainda pouco conhecida pela população, a Medicina Nuclear é uma especialidade...


Ainda pouco conhecida no Brasil a Medicina Nuclear é uma das 64 especialidades médicas (como a cardiologia e a pediatria) reconhecidas e presentes no Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB). Mais do que isso, ela se destaca por ser aquela que lida diretamente com substâncias radioativas, conhecidas como radiofármacos. É com base nessas pequenas concentrações de radioatividade que os procedimentos da Medicina Nuclear são usados para fins diagnósticos e terapêuticos. Dentre os equipamentos está o PET/CT, considerado um dos principais avanços da Medicina Nuclear.

"Fundindo as tecnologias da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) e de Tomografia Computadorizada (CT), o PET/CT é uma ferramenta diagnóstica de alta precisão, capaz de realizar imagens moleculares. Estas permitem visualizar o metabolismo de tecidos e células", explica Gustavo Gomes, médico nuclear e diretor clínico do Grupo Núcleos, pioneiro da especialidade no Centro-Oeste do Brasil.

A Medicina Nuclear vai muito adiante do que estamos acostumados em exames de imagem. Isso porque além de revelar o funcionamento dos órgãos, a especialidade usa radiofármacos em pequenas doses, tornando visuais os mínimos sinais de doenças. Entretanto, o especialista explica que esse ramo da medicina vai muito além do PET/CT, sendo fundamental para muitas outras especialidades. O Grupo Núcleos lista 5 aplicações de como a Medicina Nuclear pode ser utilizada:

1) Oncologia
A Medicina Nuclear consegue identificar com maior facilidade a presença de pequenas lesões cancerígenas no corpo do paciente. Os procedimentos de rastreio por imagem da especialidade são capazes também de indicar para onde a doença se espalhou, ou seja, identificar se a lesão migrou para outras regiões. "Dentre as ferramentas no combate ao câncer, a Medicina Nuclear se destaca quando é preciso tratar pacientes em que a doença se espalhou para outras regiões. Tratamentos contra o câncer de tireoide e tumores neuroendócrinos são exemplos emblemáticos dessa aplicação da especialidade. Em casos considerados sem cura, alternativas da especialidade trazem uma sobrevida muito maior e com qualidade de vida ao paciente, como acontece com o tratamento da doença óssea causada pelo câncer de próstata", aponta o diretor do Grupo Núcleos.

2) Neurologia
O cérebro é uma das áreas mais complexas da medicina. Ainda assim, usando elementos que tem como base a glicose (considerada o combustível do nosso organismo) e outros com afinidade pelo sistema nervoso, os médicos nucleares são capazes de avaliar o metabolismo celular, a perfusão sanguínea, quadros demenciais, localização de focos epiléticos, entre outras condições. Os exames são denominados PET Cerebral ou SPECT Cerebral.

3) Cardiologia
A Medicina Nuclear usa ferramentas como a cintilografia de perfusão miocárdica para avaliar o fluxo sanguíneo e a perfusão do músculo do coração, que podem identificar precocemente áreas de isquemia e infarto. Além dessa aplicação clássica a especialidade oferece exames capazes de avaliar o funcionamento cardíaco, identificar áreas passíveis de revascularização para otimização da função cardíaca. As contribuições da Medicina Nuclear na cardiologia são decisivas na conduta dos pacientes.

4) Endocrinologia
Por meio de exames como a cintilografia, a Medicina Nuclear pode avaliar a função de glândulas endócrinas como a tireoide e as paratireoides, identificando alterações em fase bem precoce nesses órgãos. A especialidade pode também ser bastante útil no tratamento da hiperfunção dessas glândulas.

5) Nefrologia
A Medicina Nuclear é uma especialidade capaz de oferecer diagnósticos precisos também nessa área. As Cintilografias Renais Dinâmica (DTPA) ou Estática (DMSA) são métodos eficazes para avaliar a função renal em casos de neoplasias, litíase, duplicidade ureteropélvica, defeitos congênitos, compressão vascular, alterações inflamatórias e outras obstruções.

Sobre o Grupo Núcleos
Pioneiro na prestação de serviços em Medicina Nuclear no Centro-Oeste, o Núcleos foi o primeiro serviço da especialidade a conquistar o certificado ISO 9001 na região. Para o Grupo, a Gestão pela Qualidade traduz seu compromisso com a precisão e, mais que isso, com a vida. Com corpo clínico altamente qualificado e parque tecnológico de ponta, é constituído por clínicas estrategicamente posicionadas. Como parceiro da comunidade médica, apoia e participa de iniciativas científicas, como Simpósios e Congressos.