Governo italiano exige respostas após queda de ponte em Gênova

Acidente na manhã desta terça-feira tem um balanço de pelo menos 30 mortos e dezenas de feridos graves


O governo italiano exigiu hoje (14) resposta sobre a queda de um trecho de uma ponte na cidade de Gênova, que deixou um número ainda indefinido de mortos. O fato que gerou um debate sobre o estado das estradas do país. O balanço provisório é de 30 mortos e dezenas de feridos graves, de acordo com o ministro de Interior italiano, Matteo Salvini.

"Como italiano, farei tudo o que estiver nas minhas mãos para ter nomes e sobrenomes dos responsáveis passados e presentes, porque é inaceitável que na Itália se morra assim", declarou Salvini.

Na mesma linha mostraram-se outros membros do Executivo, formado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S) e pela Liga, como o ministro de Infraestruturas, Danilo Toninelli, que afirmou que "todos os responsáveis pagarão".

O acidente ocorreu por volta do meio-dia (7h em Brasília), por causas ainda desconhecidas, que deverão ser esclarecidas em uma investigação que começa nas próximas horas. No entanto, o estado das estradas italianas já é um assunto aberto, e sobre isso Toninelli destacou em entrevista ao canal Sky que a via era gerida pela empresa Autostrade per l'Italia, filial da Atlantia.

"A Autostrade per l'Italia tinha concessão do Estado para fazer a gestão e a manutenção dessa estrada. A manutenção é absolutamente da Autostrade", insistiu.

Após o acidente, a concessionária italiana explicou, em nota, que estava trabalhando para consolidar a manutenção da estrutura e que, "como estava previsto, tinha instalado uma ponte-guindaste para permitir o desenvolvimento de atividades": "Os trabalhos e o estado da ponte estavam sujeitos a constante observação das autoridades locais."

O ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, definiu a queda da ponte como "verdadeira tragédia" e assegurou que "quem tiver que pagar, pagará".

Por sua vez, o presidente da região de Ligúria, Giovanni Toti, garantiu, em nota, que "a área está sob controle" e que o Corpo de Bombeiros "está avaliando o risco de novas quedas".

Atualmente, estão na região mais de 200 bombeiros, mas também médicos, equipes da Defesa Civil e da Guarda Municipal, que trabalham para retirar todos os escombros e salvar quem possa ter ficado entre as ferragens, o que é a prioridade, segundo as autoridades.