Sindicato teme novas rebeliões em presídios do Vale do Paraíba

Entidade dos Funcionários do Sistema Prisional enviou ofício ao governador Márcio França solicitando reunião urgente


A direção da Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) enviou um ofício para o governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), solicitando uma reunião de emergência para tratar de riscos que agentes penitenciários correm em rebeliões decorrentes no sistema prisional no estado.

O ofício tem como objetivo traçar metas e tratar das condições de trabalho dos servidores.

O último motim aconteceu no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Taubaté, na última quinta-feira (9). Entre os reféns, que foram mantidos em poder dos detentos por mais de 30 horas, estavam dois agentes penitenciários, que não tem previsão para voltar ao trabalho. "Já temos ciência de que o crime organizado prometeu rebelião em outras unidades", afirma o presidente da Sifuspesp, Fábio Jabá.

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Pauta

A principal reivindicação é do sindicato é a falta de efetivo nas unidades prisionais. Segundo Jabá, no dia em que a rebelião no CDP de Taubaté aconteceu, apenas 15 funcionários estavam de plantão.

"Se tivessem mais funcionários, isso poderia ter sido evitado com certeza", afirmou Jabá. De acordo como o Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias define que a cada cinco presos deve haver um agente penitenciário. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) afirmou que não revela o número de servidores nas penitenciárias por uma questão de segurança. A superlotação também preocupa os servidores, já que atualmente o sistema prisional da região metropolitaa do Vale do Paraíba tem 40% presos a mais do que comporta.