Trabalhadores da Embraer recusam proposta da empresa e entram em estado de greve

Mobilização acontece um dia depois da negociação entre Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Fiesp


Os trabalhadores da Embraer recusaram uma proposta patronal e entraram em estado de greve, nesta quarta-feira (18). Os funcionários reivindicam 6,37% de reajuste. As assembleias aconteceram na matriz da Embraer, em São José dos Campos, com os trabalhadores da produção e do setor administrativo. Ao longo da semana, o Sindicato vai organizar assembleias em outras fábricas do setor aeronáutico.

A mobilização acontece um dia depois da negociação entre Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa o grupo patronal do setor aeronáutico na Campanha Salarial.

De acordo com o sindicato, o reajuste reivindicado pelos trabalhadores corresponde à inflação do período (setembro de 2018 a agosto de 2019) mais 3% de aumento real, além de renovação da Convenção Coletiva na íntegra. Já a Fiesp propôs zero de aumento real, aplicando apenas a inflação (3,28%), e redução de direitos.

Segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos, caso o aviso de greve aprovado hoje pelos trabalhadores, a paralisação pode ser deflagrada a partir de segunda-feira, caso não haja avanço nas negociações.

A Embraer evitou se posecionar sobre a decisão dos trabalhadores e só comentou que a condução das negociações vem sendo realizada pela Fiesp.

Por sua vez, a Fiesp também ainda não se manifestou até a postagem dessa matéria.