"Escolas Saudáveis" volta a Pindamonhangaba para formar professores da rede pública

Projeto estimula adoção de hábitos alimentares saudáveis entre toda a comunidade escolar


O que as crianças estão comendo? De onde vem e como é produzido o alimento? Dados do IBGE e Ministério da Saúde apontam que 1 em cada 3 crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos está acima do peso. Para estimular a adoção de boas práticas alimentares, o programa "Escolas Saudáveis" está de volta a Pindamonhangaba, para capacitar 70 educadores da rede pública municipal de ensino. O projeto é uma iniciativa da Evoluir, com patrocínio da Novelis, líder mundial em laminados e reciclagem de alumínio, e é executado em parceria com as Secretarias de Saúde e Educação de Pindamonhangaba.

O objetivo do programa é ampliar os conhecimentos sobre educação e saúde de todos os profissionais da escola, como professores, merendeiros, agentes de limpeza e gestores das instituições para que levem o conhecimento para os alunos e para que os professores  implementem projetos de educação saudável em sala de aula. Em 2019, o programa formou 56 professores de 19 instituições de ensino da cidade, contribuiu com o desenvolvimento de 14 projetos, beneficiando 1.680 alunos e suas famílias. "Buscamos a construção de uma sociedade mais saudável por meio da aprendizagem a partir da experiência. O papel da escola vai muito além da propagação de conteúdo teórico ou técnico. A educação precisa ser integral, considerar os fatores biopsicossociais e envolver toda comunidade escolar para, de fato, gerar impacto e transformação social", afirma a coordenadora de projetos educacionais da Evoluir, Priscila Col Del Nero. 

"O projeto "Escolas Saudáveis" reforça nosso compromisso com o propósito de responsabilidade social, o qual está incorporado em nossa forma de atuação. Ajudar na viabilização de um projeto que promove interação, bem-estar, educação e proximidade com as comunidades em que atuamos contribui para um futuro melhor e ficamos honrados de fazer parte disso", diz Eunice Lima, diretora de Comunicação e Relações Governamentais da Novelis América do Sul.

O curso de formação continuada dos educadores teve início nesta semana e vai até o mês de novembro, contemplando 21 instituições de ensino, além da Secretaria de Educação. O formato dos encontros foi adaptado para plataforma online, por conta da quarentena, e a previsão é de que ao longo desse período mais de 2.100 crianças sejam impactadas pelo programa, sendo que a iniciativa é a primeira com a modalidade síncrona implantada em Pindamonhangaba. Isso significa que o projeto envolve a participação e interação entre o participante e o professor formador no mesmo instante e ambiente (virtual). A grande vantagem desse formato é que os cursistas podem tirar dúvidas em tempo real, interagirem entre si e aumentar seu engajamento nas aulas, sendo o mais próximo possível de uma aula presencial. 

A metodologia utilizada no Escolas Saudáveis considera as experiências dos próprios professores, somadas ao conhecimento técnico e práticos de especialistas em educação e saúde integral. Os módulos da formação são interativos, com atividades práticas e dinâmicas, rodas de diálogos com especialistas nas áreas temáticas do projeto, trabalhos em grupo e técnicas inovadoras para que a aprendizagem seja rica, divertida e significativa. A edição 2020 irá abordar a saúde integral na escola, contemplando a alimentação saudável, qualidade de vida, desenvolvimento de habilidades socioemocionais, cuidados com o meio ambiente no aspecto da agricultura agroecológica, qualidade das relações interpessoais e, claro, saúde preventiva relacionada aos novos vírus emergentes, com orientações sobre educação e cuidado com o ambiente. 

Todos os participantes receberão a 'kit do educador', contendo apostila, livros de apoio para incentivo à leitura, giz de cera e tapetinho de yoga para a realização das atividades de respiração e meditação, focadas no cuidado com a saúde mental. 

A professora Michelli Fernandes participou do Escolas Saudáveis, em 2019, pela Escola Municipal Professora Maria Zara Miné Renoldi dos Santos, e afirma que a formação foi muito significativa para ela, especialmente por conta da abordagem de temas relacionados à alimentação como prática social, a nutrição do corpo e da mente e a auto responsabilidade nas escolhas de hábitos saudáveis. "As vivências foram enriquecedoras; os profissionais, muito competentes, e o material ofertado complementou ainda mais o conhecimento de todos. Foram momentos transformadores", lembra. O projeto desenvolvido pela educadora em sala de aula, "Escola saudável: corpo, mente e coração", abordou valores, principalmente, a gentileza, além de contar com brincadeiras de degustação de alimentos saudáveis entre pais e filhos, prática de meditação e, ainda, a confecção de plaquinhas informativas sobre benefícios de frutas, verduras e legumes, que foram expostas no setor de hortifruti de um supermercado do bairro dos alunos.

Também participante do Escolas Saudáveis, pela escola Mário de Assis César, o professor Antônio Rodrigo ressalta que o maior impacto na vida dos alunos e da escola, foi, de fato, a mudança de hábitos das crianças e que as atividades práticas foram essenciais para o aprendizado. "Realizar atividades teóricas e práticas, participando como o mediador de todo esse processo, foi maravilhoso. Visualizar as crianças mexendo na terra, plantando, colhendo e experimentando, foi sensacional".