Venda de veículos cresce 17,7% em julho, aponta Anfavea

Os veículos montados tiveram uma alta de produção de 9,3% no mês passado, na comparação com julho de 2017


Cresceu 17,7% em julho a comercialização de veículos novos no país, no comparativo mesmo mês do ano passado, segundo informa a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (6), no mês passado foram vendidas 217.509 unidades.

De acordo com Antônio Carlos Botelho Megale, presidente da Anfavea, este é o melhor resultado para julho desde 2015. Ele considerou o aumento registrado no mês passado um bom resultado para o setor. “Gradualmente, o mercado vem se recuperando [da crise econômica]”, disse. Em relação a junho, houve alta de 7,7%. No acumulado de janeiro a julho, o crescimento foi de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O destaque na produção de veículos automotores foi a venda de máquinas agrícolas, com alta de 27,7% em julho na comparação com o mesmo mês de 2017. Foi registrada queda de 3,5% em relação a junho e aumento de 2,4% no acumulado do ano. A entidade considera que o resultado tem relação com o aumento dos preços das commodities, especialmente algodão, soja e milho.

Sobre a venda de caminhões, Megale ponderou que ainda é cedo para estimar se haverá crescimento na venda, por causa do aumento de custos provocados pelo tabelamento do frete. Setores produtivos, como o do agronegócio, avaliam alternativas para transporte de suas cargas, como o aluguel e a aquisição de frota própria.

Produção - Os veículos montados tiveram uma alta de produção de 9,3% no mês passado, na comparação com julho de 2017. Em relação a junho, foi constatada queda de 4,1%, em função do ajuste implementado pelo mercado para adequar a produção à queda de exportações. No acumulado de janeiro a julho, foi registrada alta de 13%. “O mês de julho foi o melhor desde 2014”, disse o presidente da entidade.

Exportações – Já a venda de veículos para o exterior teve resultados negativos, refletindo o cenário econômico desfavorável dos principais compradores: Argentina e México. Houve redução de 21,7% em unidades exportadas em julho, na comparação com igual período de 2017. Em relação a junho, foi constatada queda de 20,9%. No acumulado até julho, a redução foi de 2,8%.


Com informações da Agência Brasil