Varejo da região metropolitana do Vale perde 750 postos de trabalho


 

O comércio varejista da RM Vale fechou 124 vagas com carteira assinada em abril, resultado de 3.688 admissões contra 3.812 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram extintos 750 postos de trabalho. Com isso, o varejo da região encerrou o mês com estoque ativo de 98.942 trabalhadores formais, retração de 0,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, o segundo pior desempenho do Estado.

As informações divulgadas pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté) são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), da FecomercioSP, elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Caged e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Entre as nove atividades analisadas em abril, apenas três apresentaram aumento no estoque total de trabalhadores em relação ao quarto mês do ano de 2017. São elas: eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (3,5%); autopeças e acessórios e farmácias e perfumarias (ambas com 1,7%). Por outro lado, os segmentos que tiveram as maiores variações negativas foram os de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-3,2%) e de lojas de móveis e decoração (-2,2%).

Para o presidente do Sincovat, Dan Guisnburg, o fechamento de 750 postos de trabalho nos últimos 12 meses chama a atenção. "A influência da indústria em nossa região é muito forte. O desempenho das vendas do comércio e, consequentemente, o emprego no varejo, está diretamente relacionado ao bom andamento do setor industrial. Com uma demanda mais fraca, o comércio sente mais, e de forma um pouco mais longa", explica.

Desempenho estadual

O mercado de trabalho do comércio varejista no Estado de São Paulo voltou a abrir novos postos de trabalho após três meses de saldo negativo. Em abril, foram criados 2.340 empregos formais, resultado de 77.179 admissões e 74.839 desligamentos. Assim, o setor encerrou o mês com um estoque de 2.063.079 vínculos empregatícios, crescimento de 0,4% em relação ao mesmo período de 2017. No acumulado de 12 meses, 8.995 empregos com carteira assinada foram gerados, revertendo o cenário negativo observado nos dois anos anteriores.