Varejo cresce mais do que o previsto com o Natal de 2017

Mercado superou expectativas e teve alta registrada por diversos institutos


Nem bem o Natal acabou, o mercado brasileiro já faz as contas sobre o quanto lucrou nas vendas de final de ano. E elas foram positivas: se em outubro a expectativa era crescer 4,3% em relação a 2016, as previsões indicam que o varejo teve um aumento de 5,6% em 2017 - um crescimento de 1,3 pontos porcentuais ao que se esperava, segundo a Serasa Experian.

Já os dados do Spending Pulse, indicador do mercado mantido pela franquia Mastercard, indica um crescimento mais tímido: 4,5% em relação a 2016. Para a empresa, oOs setores que mais comemoraram a alta nas vendas foram os supermercados, com 2,9%, e vestuário, com 3%. Os indicadores da Spending Pulse, no entanto, levam em conta transações feitas com cartões de débito e crédito e alguns dados sobre vendas com dinheiro e cheque.

“A perspectiva é de melhora gradativa no comércio varejista e, aos poucos, o consumidor passa a ter uma percepção de mais otimismo no cenário econômico reflexo da queda na taxa de juros e do desemprego combinado ao aumento no crédito e redução no endividamento das famílias”, analisa César Fukushima, economista-chefe da Mastercard no Brasil.

Segundo a Serasa Experian, apenas entre os dias 22 e 24 de dezembro, o fim de semana que antecedeu o Natal, as vendas ficaram 0,8% acima do que registrado no ano anterior, quando o último final de semana antes da data foi entre os dias 16 e 18 de dezembro. Só em São Paulo, as vendas cresceram 5,6% nos últimos dois dias anteriores ao Natal.  

Outro dado que indica a melhora do desempenho do mercado em relação aos anos anteriores é o volume de vendas nos shoppings: segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), os gastos nas lojas cresceram R$ 51,2 bilhões em 2017, o que representa um crescimento nominal de 6% se comparado com 2016. No total, R$ 147,5 bilhões foram arrecadados pelos lojistas de shopping.

Para Luís Ildefonso, diretor da Alshop, este ano deve ser ainda melhor: “Teremos um 2018 melhor do que 2017, mas será um alento, não uma explosão de vendas”, disse.

Entre os produtos mais vendidos nesse ano nos shoppings ficaram bijuterias, como anéis, brincos e correntinha de ouro, brinquedos e produtos para animais de estimação, uma tendência que o mercado espera continuar nos próximos anos.