Tensão no mercado faz dólar operar em forte alta na manhã desta quinta-feira

Na manhã desta quinta-feira (28), a moeda americana chegou a bater em R$ R$ 4,0156, maior cotação do dia até o momento


Em dias de queda de braço entre os poderes Executivo e Legislativo, fortes tensões no mercado financeiro fizeram com que o dólar fechasse o dia de ontem no maior valor em quase seis meses. A bolsa de valores respondeu com  forte queda. Caracterizado como um país onde a economia está constantemente atrelada ao clima político, os investidores ainda esperam um desfecho para a reforma da Previdência

Na manhã desta quinta-feira (28), a moeda americana chegou a bater em R$ R$ 4,0156, maior cotação do dia até o momento nesta manhã de quarta. Ontem, o dólar comercial encerrou esta quarta-feira (27), vendido a R$ 3,954, com alta de R$ 0,088 ( 2,27%). A divisa está no valor mais alto desde 1º de outubro, quando tinha fechado em R$ 4,02.

O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou o dia de ontem com queda de 3,57%, aos 91.403 pontos. Para o mercado de ações, índice representou a maior queda diária desde 6 de fevereiro (-3,74%) e fechou no menor nível desde 7 de janeiro.

No dia seguinte à aprovação, pela Câmara dos Deputados, de proposta de emenda à Constituição (PEC) que introduz o orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais, o mercado financeiro mostrou-se volátil. A proposta, que seguiu para o Senado, aumenta a rigidez do Orçamento, reduzindo a margem de manobra do governo para segurar os gastos públicos.

Nas horas finais de negociação, o mercado financeiro reagiu à declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que não sai do governo depois da primeira derrota, mas que deixaria o cargo caso sua agenda não tenha apoio do presidente da República nem do Congresso.

A reação foi imediata. O Ibovespa, que estava se recuperando e tinha atingido os 93 mil pontos por volta das 14h30, ampliou a queda e retornou aos 91 mil pontos depois do início da audiência de Guedes na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.


Com informações da Agência Brasil