Setor de eletroeletrônicos cresce 14,6% no primeiro semestre do ano

Copa do Mundo e o desligamento do sinal analógico deram grande impulso para o aumento das encomendas do setor


Produtos da chamada linha branca tiveram alta de vendas de 2,75Foto : Agência Brasil/Elza Fiuza)O setor de eletrodomésticos experimentou um crescimento de 4,6% no primeiro semestre deste ano no comparativo ao ano passado, segundo informou a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), durante a feira Eletrolar Show 2018, que acontece até quinta-feira (26) no Transamerica Expo Center.

O segmento representa cerca de 3,34% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. De acordo com o balanço divulgado na feira Eletrolar Show, o volume de unidades vendidas pela indústria passou de 45,5 milhões para o varejo para 52,1 milhões.

A linha de portáteis registrou alta nas vendas de 12,99% no período, com 30 milhões de equipamentos comercializados. Já a linha branca (refrigeradores, fogão, entre outros) teve uma expansão de 2,75%, com 6,72 milhões de unidades vendidas. A linha marrom, por sua vez, que inclui TVs e aparelhos de som e vídeo, cresceu 20,27%.

Segundo presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento Junior, o período da Copa do Mundo e o desligamento do sinal analógico deram grande impulso para o aumento das encomendas do setor. Televisores tiveram vendas que apresentaram aumento de 29,98% em comparação ao ano anterior. A comercialização de TVs passou de 5,1 milhões de unidades no ano passado para 6,59 milhões em 2018.

A linha de portáteis registrou alta nas vendas de 12,99% no período, com 30 milhões de equipamentos comercializados - Elza Fiuza

Greve dos Caminhoneiros – Nasciento Junior salienta que a comparação deste ano é com o fim de um período de crise, que durou entre 2015 e 2017. Além disso, o setor sentiu os efeitos da greve dos caminhoneiros. O prejuízo ainda não foi contabilizado em números, disse o presidente da Eletros, que considerou os dias de greve como um período de consequências gravíssimas para a economia.

“A gente vinha em uma retomada de crescimento. Os números mostravam um aumento na geração de empregos e também na produção industrial, com aumento do consumo. Passamos 2015, 2016 e 2017 em uma crise, com investimentos acanhados, com instabilidade econômica e política também. Quando estamos na retomada disso, surge uma greve totalmente inusitada, que chegou a parar muitos estados do país”, disse ele.

Para este ano, a expectativa da Eletros é de vendas entre 10% a 15% maiores que as do ano passado. No entanto, o presidente da entidade disse que a expectativa deverá ser revista em setembro e pode ser menor do que a esperada.

Com informações da Agência Brasil