Mercado volta a reduzir projeção de crescimento da economia brasileira em 2019

Para 2020, o cálculo para o crescimento do PIB recuou de 2,75% para 2,70% na terceira redução consecutiva


Com os rumos da economia ainda indefinidos, as instituições financeiras voltaram a reduzir a projeção para o crescimento para o Brasil neste ano e em 2020. Os números constam do boletim Focus, publicação semanal com base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos, sempre divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC).

Foi a sexta redução consecutiva, o que demonstra que os investidores mantém um pé atrás para injeções de recursos em meio a uma atmosfera turbulenta na política, clima que gera incertezas para o futuro. Para este ano, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - caiu de 1,98% para 1,97%.

Para 2020, o cálculo para o crescimento do PIB recuou de 2,75% para 2,70% na terceira redução consecutiva. As projeções de crescimento do PIB para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%.

Inflação - A estimativa da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 3,89% para 3,90% este ano. Para 2020, a previsão para o IPCA segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu em 4,25% a meta de inflação deste ano. O  intervalo de tolerância está entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.

Taxa Selic - A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019.

Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano.

Com informações da Agência Brasil