Feiras itinerantes são barradas em Taubaté

Só em 2018, três eventos já foram cancelados pela prefeitura


Diversas feiras itinerantes que iriam acontecer na cidade de Taubaté foram barradas nos últimos anos. A iniciativa é da Prefeitura juntamente com o Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região.

A ideia é inibir essa iniciativa que, segundo a entidade, enfraquece o comércio local. "É uma concorrência extremamente desleal. As pessoas chegam na cidade, não criam nenhum emprego, nenhuma renda, pois o dinheiro vai embora para outro município. É só prejuízo, além de iludir o consumidor, pois, se a mercadoria tiver algum problema, ele jamais vai conseguir trocar", explica Dan Guinsburg, presidente do Sincovat.

No último final de semana, uma feira outlet, que seria realizada no TCC (Taubaté Country Club), nos dias 17 e 18, com diversas marcas de roupas, foi cancelada pela prefeitura, a pedido do sindicato.

O Prefeito de Taubaté, Ortiz Júnior (PSDB), já havia negado o alvará de funcionamento para outras duas feiras de roupas infantis e acessórios para bebês, que iriam acontecer em dois diferentes hotéis da cidade.

Em 2017, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante uma entrevista para o programa de TV do Sincovat,  reconheceu a extensão do problema e definiu, na ocasião, algumas providências para combater tal prática, dentre elas, fiscalizações rigorosas por parte da Secretaria da Fazenda, do Corpo de Bombeiros e do Procon e, também, solicitou que os sindicatos atuassem diretamente junto aos prefeitos municipais, denunciando e cobrando medidas eficazes de fiscalização nos locais onde se realizam essas feiras.

"Não podemos ter feiras clandestinas vendendo produtos que não se sabe a origem. Nós vamos sim atuar junto as prefeituras, para que elas exijam a documentação, origem dos produtos. De outro lado, a Secretaria da Fazenda também vai fiscalizar. Nós precisamos ter justiça tributária", disse Alckmin.