Comércio da região fecha primeiro semestre com queda

A queda de 6,5% nas vendas tem como a pandemia uma de suas causas


A receita bruta de vendas do varejo nodo Vale do Paraíba e Litoral Norte fechou o mês de junho em R$ 2,781 bilhões, um avanço de 16,8% em relação a maio, mas 1,5% abaixo dos números de junho de 2019.

O estudo divulgado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região (Sincovat) são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da FecomercioSP, com dados da SEFAZ-SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo).

Em junho, os destaques positivos foram para as lojas de materiais de construção ( 24,3%), supermercados ( 14,9%) e lojas de móveis e decoração ( 14,3%). Por outro lado, desempenho ruim de concessionárias de veículos (-20,2%) e lojas de vestuário, tecido e calçados (-34,7%).

No semestre, a receita bruta do varejo da RMVale ficou em R$ 16,2 bilhões, queda de 6,5% em relação ao acumulado dos seis primeiros meses de 2019. Pelos grupos de atividades, o setor de vestuário, tecido a calçados teve uma queda de 40,9% nas vendas. Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos apresentaram um recuo de 34,8% e concessionárias de veículos -29%. Os melhores desempenhos foram em lojas de móveis e decoração ( 42,2%), supermercados ( 12,3%) e farmácias e perfumarias ( 8,7%).

Para o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg, os dados mostram uma desaceleração consistente no primeiro semestre deste ano e o tamanho do impacto negativo trazido pelo novo coronavírus. "Já esperávamos essa queda, visto que a grande parte do comércio, pela primeira vez na sua história, fechou suas portas completamente por meses. Ficou claro que, mesmo com a reabertura, o consumidor direcionou sua renda aos segmentos essenciais, como gêneros alimentícios e medicamentos, o que é normal em crises", explica Dan.

Fonte: Sincovat