Violência contra as mulheres

No Brasil 4.000 mulheres são assassinadas por ano. A cada duas horas morre uma mulher vítima de homicídio ou feminicídio. E a cada dois minutos uma mulher sofre algum tipo de violência.


Lei Maria da Penha  (2006), Feminicídio (2015), Delegacia das Mulheres, Abrigos de proteção e Lei de Importunação sexual (2018. Nada disso desenvolvido no país nos últimos vinte anos foi suficiente para frear o avanço da violência contra as mulheres. Pelo contrario, a violência explodiu e  grassa em todo território nacional. O aumento dos crimes cometidos contra as mulheres colocou o país entre os mais violentos do mundo. Dentre esses crimes destaca-se os homicídios e feminicídios, quando a mulher perde a vida.

Além dessas mortes absurdas, as mulheres sofrem agressões generalizadas e violências domésticas de toda ordem.  Outra forma de violência contra a mulher, desta feita mais dissimulada, verifica-se na diferença salarial em comparação com os homens. Também há no país preconceito contra as mulheres pela cor da sua pele, pelas vestimentas, o desrespeito nas ruas e locais de trabalho ( violência psicológica e assédio moral). Empresas recusam admitir mulheres grávidas ou as demitem quando ficam grávidas, descumprindo legislação que proíbe tal conduta. Este cenário catastrófico coloca a mulher brasileira em estado de constante vulnerabilidade. Não bastasse a insegurança social, jurídica, pública e financeira da nação, a mulher sofre violência por ser mulher.

Os agressores das mulheres brasileiras são homens em geral, maridos, namorados e companheiros. Todos homens covardes! Não merecem respeito! merecem sim...cadeia!  Por experiência de muitos anos na Polícia Militar posso afiançar que esses crápulas não entendem outra linguagem senão a prisão. Quando chega uma viatura para um caso de violência contra a mulher e diante do policial fardado esse agressor fica "murchinho", bem "caladinho",demonstrando toda a sua covardia. São valentes em casa,nas ruas,contra mulheres indefesas e fisicamente mais frágeis. 

No entanto, loucuras à parte, e em tom figurado, alarmante e provocativo, tenho uma proposta. Penso que a solução está dentro das bolsas das mulheres.  Primeiro, treiná-las exaustivamente ao uso de armas.  E ao invés de carregarem batom deveriam substituí-lo por uma pistola semi automática 9 mm  carregada até a boca.  No lugar do rímel um revolver calibre 38 carregado com seis projéteis. Em vez de um frasco de perfume poderiam portar uma arma que dispara feito metralhadora. Talvez uma boa ideia fosse as mulheres portarem à tira colo um fuzil ou sub-metralhadora, bem ostensivamente. Estive em Israel  no ano de 2017  e presenciei as jovens  que servem o exército desfilarem trajadas civilmente portando um fuzil nas costas, enquanto passeiam pelas ruas, muitas de mãos dadas com seus namorados. Guardadas as diferenças culturais e religiosas com o Brasil, qual homem ousaria mexer com uma mulher em Israel?

Plantonistas do mal agouro no Brasil, do tipo direitos humanos e  gente que defende bandidos,  a turma do quanto pior melhor,  vão achar que estou pregando uma revolução.  Que isso traz mais violência, discórdia, ilegalidades etc. Porém, alguém tem que se indignar com a situação da mulher brasileira. Eu me incluo nesse time.Se a lei não basta e o sistema punitivo não funciona, urge adoção de medidas mais drásticas.

A estatística atual exibe escandalosamente que 4.254 mulheres foram assassinadas em 2018. Nos últimos dez anos 40.000 mulheres morreram pelas mãos assassinas e violentas dos homens. A cada duas horas uma mulher é morta e a cada dois minutos uma é agredida de alguma forma. A violência contra a mulher caba produzindo sequelas irreparáveis.  Mulheres são torturadas e estupradas. Ficam desfiguradas fisicamente e socialmente. Algumas são incendiadas, Outras sofrem com ferimentos à bala, à faca, com ácido.  Muitas dessas mulheres perdem a mobilidade para sempre. E o que é muito pior, esse tipo de conduta machista cria cultura e permissividade, onde tudo parece normal. 

É preciso ficar indignado! É preciso ficar revoltado! É preciso ter vergonha de um país que assiste passivamente a este filme de terror, e não adota nenhuma postura.

E você, caro leitor, o que pensa de tudo isso?

CORONEL VENDRAMINI