Somos 'terrenos rasos'


Vez outra gosto de reler a parábola da semente, onde Cristo questiona como anda o coração humano diante da semente da Palavra. Não é difícil nos encontrar em alguma situação, mesmo que temporariamente, a Palavra nos ajuda a reorganizar nossa vida e a cultivar, com mais atenção, o terreno do nosso coração.
Somos terrenos rasos, sabemos que qualquer pássaro pode vir comer as sementes ou o sol torrá-las ou ainda os espinhos as sufocarem, pois muitas são as preocupações que ocupam nossas vidas e pouco tempo deixamos para que a mensagem do Senhor seja fecundada em nós.


É preciso encontrar nossa identidade de filhos e filhas de Deus. Corremos o risco de viver um Cristianismo medíocre, seguindo Cristo sem conhecê-Lo. Pois aqueles que se deixaram ser encontrados por Ele, tiveram suas vidas transformadas.
Nesse processo, o que temos de mais sagrado é cooperar com Deus e só saberemos cooperar quando aprendermos a gratuidade, o saber esperar e, acima de tudo, termos boa vontade. Mas o que oferecemos?
Quantas vezes permanecemos na postura satisfatória, não queremos ser incomodados, temos preguiça de estabelecer mudança em nós. Gastamos tempo com obrigações inúteis e nos estressamos facilmente.
Creio que você já tenha percebido como as pessoas estão cada vez mais cansadas, sem sabor, no limite de suas tolerâncias. Já colhemos os frutos do que estamos plantando e se não cuidarmos de adubar o que ainda resta, seremos árvores infrutíferas, prontas para serem cortadas e queimadas como lenha.
Como você tem cuidado do terreno da sua vida, do seu coração? Qual adubo você tem depositado aí? Mais que aparências, é preciso o sabor! É tempo de criar raízes, “arvorear”, produzir frutos e frutos abundantes.