Ele está no meio de nós

Ensina-nos, Senhor, a compreendermos seus ensinamentos!


Quando Deus veio morar em nosso meio, desejou viver em tudo a condição humana, conhecendo nossas fraquezas e misérias, nossos medos e ansiedades, mas também, aproximando os nossos corações e estreitando as diferenças que a vida, muitas vezes, impõe sobre cada um. O desejo do Homem de Nazaré foi ser Eucaristia, comunhão de vidas. Assim Jesus iniciou a sua Igreja. Ele é o centro dessa grande comunidade e sem Ele, tudo se descentraliza, tudo se desequilibra, tudo se torna impossível.

               Em cada celebração da Eucaristia que participamos, confirmamos essa certeza da nossa fé: Jesus está vivo e está no meio de nós! Ele caminha conosco, caminha junto com as nossas dores e as nossas alegrias, nossas conquistas e nossas decepções. O grande desafio é nunca duvidar de que Ele fez a sua tenda entre nós.

               Vivendo o contrário, percebemos quando nossa caminhada se endereça para os nossos caprichos, nossos desejos egoístas, quando queremos que nossas ideias prevaleçam e nos afastamos do primeiro sentido de comunidade desenhada pelo próprio Cristo.

               Quantos foram os ensinamentos que Jesus deixou para nós, exortando-nos sobre a humildade, o serviço, a mansidão: "Para ser o primeiro, seja aquele que serve... quem se humilha será exaltado... o maior é aquele que lava os pés..." e ainda assim, muitos continuam exibindo suas arrogâncias, suas prepotências, segregando cada vez mais o sentido de comunhão que deveríamos viver, ao ter os nossos corações tocados pelo coração misericordioso de Jesus.

               Somente quando descobrirmos a presença de Jesus na vida do outro, seremos então capazes de viver o amor e o respeito, a justiça e o bem querer e então, construirmos a civilização do amor, desejada pelo próprio Cristo, vindo morar em nosso meio e nos ensinando o caminho do Reino dos Céus.

               Ensina-nos, Senhor, a compreendermos seus ensinamentos e a assumirmos nossa condição de discípulos e discípulas. Que nossas vidas sejam uma possibilidade de muitos enxergarem seu rosto de bondade e mansidão. Eis a Páscoa que devemos celebrar!