Começou na última "quarta-feira de cinzas", mais um Tempo da Quaresma, ao menos para os cristãos! Este ano, com uma particularidade, isto nas salas de cinema, foi a "Quarta-feira de 50 Tons de Cinza"! Rsrsrs (Risos)!

Quando foram lançados os volumes do Romance da Escritora E L James, uma febre tomou conta das mulheres, um enorme sucesso, tal que, foi motivo de estudos por parte de especialistas em comportamento: "O que levou tantas mulheres a lerem os livros?" "Oque queriam dizer com isto?"

Onde se virava, em todos os lugares, academias, praças, ônibus, metrôs, aviões, shoppings, intervalos do trabalho, sempre uma mulher, atentamente folheava as páginas de “50 Tons de Cinza”! Óh! 

Depois que me informei do conteúdo do Romance, me perguntei: Como às mulheres não entrarem no jogo de “50 Tons de Cinza”? Quase impossível!

O Livro inicia com o encontro de uma jovem (Ana) recém-formada em Literatura, 21 anos, virgem, com valores morais bem definidos, que encontra outro jovem (Christian), muito rico, que no primeiro encontro, ostenta na cobertura de um prédio, um helicóptero que ele próprio pilota! Ostentação de invejar qualquer funkeiro! 

Que donzela virgem não quereria um príncipe como este? Pilotando seu próprio helicóptero, e não é só isso, carro esportivo de presente na formatura, outros “mimos” caríssimos de marcas famosas, Taylor motorista, e por aí vai!

O Imaginário não tem limite, ainda mais o feminino, e foi esse o ingrediente do grande sucesso do Romance, no livro e agora no cinema! È bom!? Não presta!? É Imoral!? É lindo!? Aí, é com cada um! Ou ao menos, deveria ser!?

Agora o Romance não trata só de como se “apimentar, temperar a relação”, como muita gente pensa e perpetua. Trata-se de um comportamento sadomasoquista pouco “normal” para o padrão “principesco dos contos de fada” e também para a vida real! Claro que são três volumes, e não terminará assim, afinal é um conto, e vai terminar bem, de acordo com a vontade e opinião de cada leitor-telespectador!

Mas, vamos conversar um pouco! Já pensou que vemos o outro a partir de nós mesmos e acabamos assim, por ser o reflexo deste mesmo outro, formando-se aí, a nossa humanidade? Daí entender a palavra do Grande Mestre Jesus, “a medida com que medirdes, sereis medidos” (Lucas 6,38)! Literalmente! Acabamos por não compreender bem este conceito!

É comum projetar no outro algo que não suportamos em nós, ou algo que gostaríamos de nos tornar, mas que não conseguimos por algum motivo! 

Podemos concluir, que tudo que não suportamos no outro, na verdade não toleramos em nós, e vice-versa. Processo este que ocorre inconscientemente, na maioria das vezes! Quando achamos o outro o máximo, “foi feito pra mim”! Quando detestamos, “não serve pra mim”!  Pense! É minha medida, refletida no outro! Então a medida do outro, é a minha própria! Isso não só para relacionamentos de namoro, casamento, mas qualquer relação humana.

Sempre é oportunidade de rever conceitos, também para os relacionamentos, principalmente sob o olhar da fé, espiritualidade e religiosidade. Todo relacionamento que deseja ir adiante, se consolidar, precisa destes temperos! É a base, onde todos os condimentos somam-se para o tempero do respeito à pessoa e vontade do outro.

Cuidado! Esta conversa de que, “tapinha não dói”, é muito perigoso!  As quatro paredes dos aposentos do casal não deve se tornar um “Octógono de MMA, de luta por prazer, a qualquer custo”! Tudo há de ser feito com o consentimento e conivência outro! Aí tudo bem!

Pra encerrar, vamos tentar resgatar aquele velho modelo de conto de fadas, aquele mesmo, que com um beijo, se tirava do sono profundo a bela princesa adormecida! Caso seu relacionamento precise despertar! Temperar! Apimentar! Desperte você antes! 

Isto! Parem e pensem!  Príncipes e princesas encantadas! Que este Tempo não seja só de “cinzas, nos seus 50 tons”, mas de muito colorido, afinal: “a medida com que medirdes, sereis medidos”, sem contar do grande perigo do cinza, se tornar, roxo! Muito roxo! Rsrs (Risos)!

Fui!