Na esperança que fomos salvos


Na sua carta aos romanos, Paulo nos fala, entre outros assuntos, sobre a força do Espírito Santo que vem em socorro da nossa fraqueza. É Ele que intercede em nosso favor. 

Nessa maravilhosa certeza, caminhamos com segurança e alegria, pois é o Senhor quem dirige os nossos passos e nos auxilia no caminho da nossa conversão e santidade. “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8, 28). 

Na mesma carta, Paulo recorda que toda a criação está gemendo como que em dores de parto, na esperança de que Deus pode vir em nosso socorro, “pois é na esperança que fomos salvos” (8, 24) e então nos ensina a entender o que é a esperança. Ela não é aquilo que temos diante dos nossos olhos, mas aquilo que não vemos e assim a aguardamos com perseverança. 

Não sei se você concorda comigo, mas tenho percebido como esperar e perseverar são atitudes desafiadoras para muitos cristãos. Vivemos numa sociedade da praticidade, do vulnerável, do descartável e o caminho que percorremos como discípulos e discípulas é um caminho de esperança e perseverança.  

Como é difícil, para muitos, saber esperar e, mais ainda, perseverar nesse caminho do bem.  

Mas a grande certeza que Paulo partilha conosco é que “os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que há de ser revelada em nós” (8, 18) e é essa esperança que deve reacender nossos corações na firma certeza de que em Cristo somos vencedores.  

Vale a pena seguir o caminho do sacrifício, do esforço cotidiano para viver o bem, as coisas do Céu e assim, continuarmos perseverantes nessa meta que é a glória de Deus. 

Pensemos nos muitos sofrimentos que atingem a humanidade, pensemos nos nossos sofrimentos, que muitas vezes nos desanimam ou nos apavoram. Eis a oportunidade de experimentarmos a esperança no Senhor.